PT e partidos de esquerda declaram apoio a ditador norte-coreano Kim Jong-un


Enquanto o mundo teme a insanidade comunista (com o perdão da redundância) de Kim Jong-un, o ditador da Coréia do Norte que, em pouco mais de um ano de “governo”, ameaça a humanidade com nova guerra nuclear, organizações de esquerda capitaneadas pelo Partido-chefe, o PT, declaram apoio ao totalitário.
Kim Jong-un subiu ao poder substituindo monasticamente seu (provável) pai, Kim Jong-il, que, ao enfiar o pé na jaca em dezembro de 2011, também foi “homenageado” como “patriota” e promotor das “causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos” (sic) pelo PCdoB, com a típica subscrição bonitinha e puro amor do PT, apenas aquele partidinho que governa o Brasil.

Não se trata apenas de pequenos partidos parados no tempo que ninguém com QI acima de 68 leva a sério. O PT é o capitão da frota, apenas sendo uma carinha mais simpática para angariar votos de “progressistas” que nunca leram suas atas, e acreditam que o partido abandonou as raízes, é agora gente boa, honesto, não acredita mais em socialismo (mesmo que em seu Congresso recente defenda escancaradamente o “socialismo petista”, whatever does it mean), é pura alegria. Apenas um partido pró-trabalhador, nada lá muito gulag e muito “luta de classes” entre Pyongyang e Washington (como se a América tivesse algo a ver com a miséria norte-coreana).
Na verdade, o projeto de poder dessas entidades, obviamente, é comum. O PT não parou de apoiar o MST e suas invasões de propriedade. Nunca declarou uma vírgula de crítica às suas aliadas na criação do Foro de São Paulo (que já expulsou a reportagem da revista VEJA, para depois se orgulhar de sua “democracia plural”) e do Fórum Social Mundial, as FARC, maior fornecedora de drogas do mundo e campeã de assassinatos e seqüestros longevos na América Latina. Nunca deixou de ser apoiado pelos mais extremistas órgãos terroristas do país (você acha que o PCC e o Comando Vermelho não declaram voto no PT? O nome do segundo diz a que veio, o primeiro já deixou seus apaniguados sem visita na cadeia com um singelo “Fica todo mundo sem visita no dia da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”).
Entre seus membros estão ex-guerrilheiros (terroristas) que até hoje não fizeram humanamente um pedido de desculpas por suas ações serem responsáveis pela morte de mais de 200 pessoas (muitas até antes da ditadura militar). É apoiado por órgãos como o MR-8, grupo perigosíssimo que apoiou Quércia, considera Stálin o maior democrata de todos os tempos e já fez uma estranha ameaça a Diogo Mainardi em seu jornal Hora do Povo. Como confiar em pessoas ameaçadoras que apóiam Quércia? Tire o “ameaçadoras” e você encontrará um Mino Carta, da Carta Capital, petista até a medula.

Perto deste rol de contribuições do PT à paz, à liberdade diante de tiranos e da livre cooperativa mundial, até Lula gravar um vídeo em apoio ao proto-ditador Nicolás Maduro na Venezuela (aquele que esqueceu de colocar o corpo de Chavez na geladeira antes de oficializá-lo como múmia, e que disse que Chávez lhe apareceu na forma de passarinho e o abençou), ou Dilma visitar Cuba sem dar um piozinho sobre direitos humanos, ou ainda Evo Moralez roubar parte da Petrobras (o que é isso, com o tanto que somos roubados ano após ano em terra natal?), Chávez e o Paraguai também nos darem calotes, o próprio PT complicar que a polícia brasileira investigue desmanche de carros na Bolívia, ou mesmo o PT receber Ahmadinejad no Brasil como um grande amigão (inclusive da UNE, aquela entidade cheia de feministas adolescentes), ou ainda Dilma torrar em uma semana em Roma o que alguém que recebe salário mínimo demoraria 40 anos para amealhar (ela que sequer cristã é, só mirando nos votos) – perto de um Kim Jong-un, tudo isso vai pro Tribunal das Pequenas Causas.
Nada disso é comentado pela imprensa – ou, quando o é, apenas é feito como uma nota de rodapé em um discurso. Um fato isolado e curioso. Aparentemente, poucos (com o perdão do eufemismo) jornalistas neste país continental estão gabaritados para brincar de ligar os pontos e perceberem um projeto de poder que há incontáveis anos vem sendo esfregado com pouca delicadeza em seus narizes.
Na típica inversão da realidade mais óbvia e factual, uma notícia no site do PCdoB afirma que a“escalada da tensão na Península Coreana” causa “preocupação com um possível conflito internacional, apesar dos pedidos reiterados por diálogo enquanto a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA, toma medidas belicistas”. Ou seja, para o PCdoB (e o PT, e outros órgãos bonitinhos que a galera apoia apenas como tendo um passado um pouquinho mais revoltado, típica rebeldia sem causa adolescente), a tensão e os exercícios militares são feitos pela Coréia do Sul, enquanto a Coréia do Norte praticamente implora por diálogo (sic).

Contra isso, tais “movimentos e partidos brasileiros que lutam contra o imperialismo belicista e pela manutenção da paz e da soberania das nações” enviaram uma carta ao embaixador da Coréia do Norte (apelidada “Coreia Popular” apenas por essas sumidades do pensamento mundial) com um misto de alarmismo, obediência quadrúpede e tom de ameaça braba.
Segundo a missiva (calma, só missiva), a “campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real”. Estranhamente, como até Guga Chacra já denunciou, Kadafi e Saddam, que queriam a bomba, foram derrubados pela América. A Coréia do Norte, que até agora brada em alto e bom som que jogaria uma bomba atômica em Nova York se tivesse tal capacidade, não sofreu muito mais do que sanções econômicas que ela própria já se impõe dos americanos.
Sabe por que não veremos uma horda de vagabundos gritando que o “embargo mata”, comofizeram quando a blogueira Yoani Sánchez visitou o Brasil mês passado? Porque sequer blogueiro a Coréia do Norte permite existir. Claro que quem “passou dos limites” foram a América e a Coréia do Sul, que até agora fizeram sobrevôos de espionagem pelo território norte-coreano, enquanto a Coréia do Norte, só para comentar fatos ultra-recentes, atacou um navio militar sul-coreano matando cem pessoas sem praticamente haver retaliação.
A defesa que a Coréia do Sul monta com ajuda americana ocorre, segundo o PCdoB, “apesar de repetidos avisos da RDP da Coréia”. APESAR DE AVISOS?! Quais seriam este “avisos”?! “Hey, se vocês continuarem existindo e chegarem perto de mim, vamos jogar bombas atômicas sobre suas cabeça”s? É isso que pensam “movimentos e partidos brasileiros que lutam contra o imperialismo belicista e pela manutenção da paz e da soberania das nações”?

Coréia do Norte, melhor pais
Para esse tipo de gente, exercícios militares “são ações que servem para desafiar e provocar uma reação nunca antes vista e torna a situação intolerável”. Ou seja, não atacar (enquanto a Coréia do Norte já ataca) é um desafio, uma provocação. Inevitável que gente do porte de Kim Jong-un e seus defensores (PT, PCdoB, UNE, MST etc etc) só tenha como única opção uma “reação nunca antes vista”, admitindo que assim a situação se torna intolerável. Qual será o ineditismo da reação? Nem o Gulag, 100 milhões de mortes ou o totalitarismo mais fechado e brutal do planeta seriam coisas “nunca antes vistas” para o ideário político mais assassino e brutal que já existiu.
Mas, claro, são a Coréia do Sul e seus parceiros locais (bem, até o Brasil importa Hyundai) que“ameaçam a paz no mundo e da região”. Qualquer produto coreano (ou seja, sul-coreano) ameaça a paz no mundo. Contra isso, só resta à esquerda “anti-belicista” pregar o que sempre pregou: mais controle estatal e centralização de poder nas mãos dos burocratas comandantes, obrigando a população a andar de joelhos e trabalhar como escrava para satisfazer os desejos dos “representantes de classe” no poder. A mesma Coréia do Sul que colocou a primeira mulher presidente na península coreana, depois de, em 1978, o PIB da Coréia do Sul ser quase quatro vezes maior que o do Norte (ao invés de retórica para se manter no poder, melhoria da vida da população). Hoje, apenas duas décadas de democratização e liberalismo depois, o PIB da Coréia do Norte corresponde a apenas 3,1% do da Coréia do Sul. Alguém espera que alguma mulher se torne presidente da Coréia do Norte um dia? Nem a esquerda brasileira e o PT: estão se lixando pra isso, desde que se mantenham no poder.

São eles que dizem coisas como “Lutaremos para que o mundo se mobilize para que os Estados Unidos e Coréia do Sul devem cessar imediatamente os exercícios de guerra nuclear”, afinal. Embora um lapsus linguae aí deixe escapar uma terceirização: “lutarão” para que o mundo se mobilize, não lutarão eles próprios. Pelo visto, o apoio “total, irrestrito e absoluto” não inclui ir pro front. Droga.
Os totalitários se gabam da condição de “conscientes de estarmos contribuindo e promovendo um ato de fé revolucionária pela paz mundial”, seja lá o que for estar consciente de promover um ato de fé (algo como saber que se está acreditando no absurdo, mas estar feliz por isso lhes garantir mais poder).
Lembremo-nos: além da assinatura do próprio PT (a face bonitinha engana-quem-consegue do totalitarismo brasileiro), o arrazoado está no site do partido de Aldo Rebelo, que já foi presidente da Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007, se tornando o primeiro comunista (ou o primeiro comunista linha-dura) a assumir os deveres de presidência da República brasileira em novembro de 2006. Também é atual deputado federal, alçado a ministro dos Esportes (imagina na Copa). Também é o partido de sumidades da inteligência mundial, como Netinho de Paula e Manoela d’Ávila, além de diversos outros ministérios – até Maria do Rosário começou no PCdoB, e está na Secretaria de Direitos Humanos, mesmo tendo sido de um partido defensor dessas atrocidades! E vocês aí mimimizando por causa do Feliciano…
Também subscrevem a missiva PSB, Cebrapaz, CUT, MST, MDD, UJS, UNE, Unegro, Unipop, CDRI, CDR/DF, MPS, CMP, CPB, Telesur, TV Comunitária de Brasília, Jornal Revolução Socialista. Tutti buona gente.
Essas pessoas, que “acreditam muito no socialismo” e estão “batalhando para atingir o socialismo”, não se furtam a chamar de “democrática” uma Coréia que tem como presidentes apenas o filho e o neto do primeiro ditador.
Se Mao Zedong, responsável pela morte de 70 milhões de pessoas (pouco menos da metade da população do Brasil) declarava no artigo 2.º da Constituição da República Popular da China de 1978 que “a ideologia norteadora da República Popular da China é o marxismo-leninismo-pensamento de Mao Zedong”, na Coréia do Norte, Kim Il-sung era descrito mais modestamentecomo “superior a Cristo em amor, superior a Buda em benevolência, superior a Confúcio em virtude e superior a Maomé em justiça”.

Os norte-coreanos, absolutamente proibidos de deixar o país (você já ouviu falar de algum?), que têm a “soberania das nações” defendida pelo PT, vivem sem luz á noite e nem nos esportes, alegria de todos os totalitários, teve alguma felicidade (o próprio Kim Jong-il tratou de mandar ao espancamento o seu time de futebol).
O socialismo juche dos Kim, contrário ao socialismo baath de, por exemplo, Saddam Hussein. prega uma pureza racial nos moldes nazistas. Os mitos sobre sua pessoa que são passados à população são um show de criatividade: as cartilhas do governo dizem que Kim Jong-il não produz urina ou fezes. Seu nascimento teria sido “sobrenatural”, com uma nova estrela e um arco-íris duplo o “anunciando”, além de um iceberg falante. As estações do ano também teriam repentinamente mudado de inverno para primavera (também não entendi se o iceberg sobreviveu). Toma essa, Moisés.
Para quem acredita que é apenas um capricho um pouco antiquado do PT, mais ou menos como aquele seu tio-avô que só usa paletó com abotoadura, urge lembrar que a situação só não é crítica porque o Brasil ainda não significa nada além de um país exótico ascendendo economicamente no cenário internacional.
Ficam algumas perguntas: o PT apoia a democracia capitalista, ou só discursa bonito em Davos e é elogiado, para na mesma semana ir ao Fórum social Mundial e também sair ovacionado? O PT ficaria do lado da Coréia do Sul e do mundo civilizado num possível conflito com a Coréia do Norte, ou ajudaria de todas as formas possíveis o ditador mais bizarro do planeta? O PT, assim como esses neo-socialistas, nega o Holocausto? (o Gulag já sabemos que, na melhor das hipóteses, ignora)
O PT é esse totalitarismo, e o perigo só não é maior por falta de capacidade. A humanidade nunca esteve tão ameaçada desde a crise dos mísseis provocada por Fidel Castro. E o PT está do lado do hecatombe nuclear.
Fonte: http://www.implicante.org/blog/pt-e-partidos-de-esquerda-declaram-apoio-a-ditador-norte-coreano-kim-jong-un/